Imagem invertida em um espelho invisível
Imagem distorcido em um espelho dividido
Imagem retorcida em um espelho estilhaçado
Imagem contorcida em um espelho desgraçado
Por dentro o vazio
Por fora o puro ódio
Suor virando lodo
O suor vira o meu gozo
O suor vira meu riso
O suor vira minha pele
A tinta tem inveja do suor
Ela não fica nem salga a pele
Da mesma forma
Os dedos tem inveja do espaço entre eles
Pois nada precisam agarrar
Isso é certo, ou errado?
O suor tem inveja da tinta
Pois não compõe mensagem alguma
E desconhece as letras
É como um funcionário
Incapaz de entender sua própria trama
Será que algum dia irão se amar?
Isso seria certo ou errado?
Prefiro um cuspe em meus ouvidos
A escutar alguém apontar e dizer:
Aceite, aceite-se
Prefiro um cuspe em meus ouvidos
A escutar alguém apontar e dizer:
Aceite, aceite-o
Se sua crença é no sangue
Eu explodo pelo pus
Enquanto eu rôo as unhas
Sua pele decompõe
Enquanto eu como os dedos
Seus cabelos viram vermes
Se sua crença é no sangue
Eu explodo pelo pus
Feridas purulentas
Pulsando como os olhos
De um pervertido que não pisca
Feridas purulentas
Pulsando como os lábios
De um poeta
Proferindo um discurso muito fácil
A mentira fede à mofo
O prazer é todo falso
Feridas purulentas
Pulsando como os pés
De uma ladra que sabe que foi pega
A intriga lava a seda
O vinho lava a dor
Feridas purulentas
Pulsando como os olhos
De um pervertido que não pisca
Feridas purulentas
Pulsando como os lábios
De um poeta
Proferindo um discurso muito fácil
A intriga lava a seda
O vinho lava a dor
Horas que não são passadas em agonia
Uma perda que não foi sofrida
Uma casa em seu lugar sem ser explodida
Uma faca que não foi cravada no peito de um ofensor
Um fato em seu estado falho
O tempo não passa pra mim
Do jeito que eu preciso que ele passe
Rápido, cruel, implacável
Eu só queria que o meu relógio parasse
Sem eu ter que melecar minhas mãos
Sem você melecar tuas mãos
Em meio à poeira
Dos livros que não li
Existe uma mensagem
Que me conta quem eu sou
Em meio à poeira
Dos livros que eu li
Existe uma mensagem
Que me conta não sou
Combater / Dar batalha
Assombrada por formas estranhas
Que em nada se parecem
Com um ser humano
E ainda assim me seduzem
Em meio à poeira
Dos livros que não li
Existe uma mensagem
Que me conta quem eu sou
Em meio à poeira
Dos livros que eu li
Existe uma mensagem
Que me conta não sou
Combater / Dar batalha
Assombrada por formas estranhas
Que em nada se parecem
Com um ser humano
E ainda assim me seduzem
credits
released May 10, 2018
Recorded, mixed and mastered by Michael Wilseque at Estúdio Sabine.
Ênio - Bass
Felipe - Vocals
Michael - Guitar
Weliton - Drums
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